quarta-feira, 7 de novembro de 2018

RECONHECENDO A DIVERSIDADE ATRAVÉS DAS BRINCADEIRAS


A escola como espaço de educação pode tratar esse assunto com as pessoas envolvidas nesse processo e promover tomadas de consciência entre os sujeitos sensibilizando-os a desenvolverem atitudes de respeito ás diferenças, econômicas., étnicos sociais, sexuais entre outras peculiaridades do ser humano. Pois a mesma faz parte de um contexto social múltiplo que envolve diferentes realidades.
 As diferenças unem e desunem; são fontes de conflitos e de manipulações socioeconômicas e político-ideológicas. Quanto mais crescem, as diferenças favorecem a formação dos fenômenos de etnocentrismo que constituem o ponto da partida para a construção de estereótipos e preconceitos diversos. Desde os primeiros anos de vida o ser humano tem diversas formas de se relacionar. A infância é desenvolvida por uma educação formal e informal. Sendo decisivos para a formação da criança, pois se trata de um período em que ela está desenvolvendo suas capacidades intelectuais, criativas, estéticas expressivas e emocionais por meio de atividades lúdicas no processo do desenvolvimento e aprendizado.
Os brinquedos e as brincadeiras são ferramentas motivacionais que deixam o ambiente mais prazeroso para a aprendizagem, além de estimular a inclusão, a participação e a diversão. Por meio das atividades lúdicas, os educados têm a possibilidade de inventar novas formas de conceber a realidade social em que vivem, haja vista que elas servem de base para o exercício da descoberta, da construção de novos conhecimentos e assegurar os valores morais, e étnicos de uma sociedade. Sendo que os mesmos deixam o ambiente mais prazeroso para a aprendizagem, além de estimular a inclusão, a participação e a diversão. 
Os efeitos do ato do brincar criam situações mais ricas agradáveis e estimulantes. A criança ao atribuir sentido ao seu mundo, se própria de conhecimentos que os ajudarão a agir sobre o meio em que estão inseridas, reconhecendo sua cultura, resgatando brinquedos, brincadeiras, jogo se cantigas de rodas Os brinquedos e as brincadeiras deixam o ambiente mais prazeroso para a aprendizagem, além de estimular a ou que já fizeram parte de sua infância.



“O que caracteriza a brincadeira é que ela pode fabricar seus objetos em especial, desviando de seu uso habitual que cercam a criança, além do mais é uma atividade livre, e não pode ser delimitada (...) no brinquedo o valor simbólico e a função”. (BOUGÈRE, 1995)
 Os brinquedos e brincadeiras são ingredientes vitais para uma infância sadia e um aprendizado significativo. A criança ao atribuir sentido ao seu mundo, se apropria de conhecimentos que os ajudarão a agir sobre o meio que estão inseridos, reconhecendo sua cultura, resgatando brinquedos, brincadeiras, jogos e cantigas de roda que fizeram parte de forma indireta de sua infância.
Entende ser o brincar uma necessidade para o desenvolvimento infantil. Por outro lado, observa-se que as transformações da sociedade, principalmente nas grandes cidades, estão diminuindo as oportunidades que as crianças têm de brincar: a televisão ocupa um tempo cada vez maior nas atividades delas, a necessidade de mães e pais se ausentarem para o trabalho por um longo período impedindo que convivam e brinquem mais com seus filhos e filhas; a insegurança nas ruas que impedem o brincar em calçadas, praças e parques; as moradias das famílias, em especial das mais pobres, cada vez menores, são alguns dos motivos que diminuem as oportunidades para as brincadeiras seja em casa e também, em especial, junto com outras crianças.
Para Spolin o jogo é uma forma natural de grupo, que propicia o envolvimento e a liberdade pessoal necessária para a experiência na minha prática docente observo que a criança desenvolve sua liberdade de expressão e sua espontaneidade tanto nos jogos propostos, na oficina de teatro quanto no momento em que se brinca do faz de conta no pátio da escola.
Na visão neurocientífica, brincar teria um papel fundamental nesse e em outros importantes processos celebrais. Basicamente, ao propiciar muitas e variadas experiências novas, o brincar provocaria a formação e consolidação de importantes circuitos neurais, tornando interligadas áreas do cérebro relacionadas a distintas competências ou conjuntos de habilidades.
Para Vygosty (1984) os elementos fundamentais da brincadeira são: a situação imaginária, a imitação e as regras. Segundo ele, sempre que brinca, a criança cria uma situação imaginária na qual assume um papel pode ser inicialmente, a imitação, de um adulto observado. Assim ela traz consigo regras de comportamento que estão implícitas e são culturalmente constituídas. Nesta perspectiva, a brincadeira do faz-de-conta permite, por exemplo, que a criança execute uma tarefa avançada. Quando uma criança põe a mesa ao brincar de casinha, ela está desenvolvendo uma habilidade que poderá ser útil para a vida adulta. Brincando de boneca, a criança consegue elaborar situações da sua vida real ao se colocar no lugar da mãe, pai, médico.
Vygotsky define a brincadeira como criadora de uma “Zona de desenvolvimento proximal” que seria o caminho que a criança percorrerá para desenvolver funções que estão em processo de amadurecimento e serão consolidadas em um nível de desenvolvimento real. A criança passa do imaginário para o real quando imita os adultos e imaginam os seres concretos.
Segundo (Freire, 2005) respeitar os “saberes da experiência significa respeitar os saberes do educando, pois chegando ao espaço escolar, o mesmo já traz uma compreensão do mundo, isto é, possui saberes em torno da saúde, da religião, do corpo, da sexualidade do lazer do trabalho das manifestações culturais, da educação entre outros. Portanto se faz necessário reconhecer e valorizar as contribuições dos diferentes povos, construindo assim um processo educativo significativo livre de preconceitos e descriminações em relação às culturas africanas, indígena e asiática”. 

Atualmente a educação multicultural pressupõe a necessidade cada vez maior de reconhecer e valorizar as diferentes culturas, de maneira a conviver e partir da interação desta, bem como, as trocas e experiências originadas do contato entre as culturas de outros povos. Assim ao pensarmos em trabalhar as diversidades das brincadeiras e dos brinquedos de alguns países da copa percebemos uma demanda de planejamentos e estratégias que busquem construir e efetivar uma prática pedagógica que lide com níveis de desenvolvimento e processos de aprendizagem diferenciados para todas as crianças. Segundo BROUGÈRE a brincadeira não é nata, mesmo que tenha elementos naturais ela sempre é resultado de uma construção social. Isto faz com que a interação dos educandos num processo de socialização, venha desenvolver um aprendizado de significância na criação de uma identidade própria de cidadãos conscientes e críticos de uma sociedade excludente da qual fazem parte.



https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/reconhecendo-a-diversidade-atraves-das-brincadeiras/58718

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